
The Office é uma série americana lançada em 2005 de humor estilo Mockmentary (documentário zoeira) que acompanha o dia-a-dia de um escritório de papel em uma cidade pequena – o cenário mais improvável do mundo para algo divertido. Os cenários, os figurinos e até os atores são os mais reais possíveis. Tédio, falta de noção, preconceitos e conflitos são abordados com uma naturalidade fora do comum e humor tão sarcástico que levam um tempo para ser compreendidos.
Mas, depois que você entende cada personagem, é impossível não ficar perdidamente apaixonado pela série, que é a comédia mais assistida do mundo, inclusive mais que Friends (Oh, my God!).
Por que a primeira temporada não conta?

Apesar de ter alguns momentos memoráveis, se você avalia The Office com base na primeira temporada, está fazendo errado. Em 2005 quando foi lançada, a série se baseava muito na versão britânica de humor vergonha alheia. O chefe Michael Scott, interpretado por Steve Carrel, era para ser apenas desprezível e sem um pingo de caráter. O estilo não conquistou os americanos, a audiência ODIOU e a série quase foi cancelada.
#CANCELADA

Segundo o podcast An Oral History of The Office, apresentado por Brian Baymgartner (o Kevin), o executivo da NBC, Kevin Reilly, teve que lutar muito para a série não ser cancelada. Ele recebeu uma chance apenas porque Steve Carrel estava começando a fazer muito sucesso no cinema com o filme O Virgem de 40 anos.
The Office foi renovado para uma segunda temporada com mais seis episódios, mas eles precisariam fazer pela metade do preço e tornar Michael Scott um personagem melhor e mais amável.
Agora vai!
Diferente da série britânica, onde o chefe era apenas horrível e não evoluía como pessoa, na americana Michael Scott foi aprendendo e crescendo. Isso foi a grande salvação da série.

Michael Scott continuou sendo inapropriado, despreparado, sem noção… Meu Deus, como ele conseguiu esse cargo? Nunca vou entender. Mas ele foi evoluindo a cada episódio e conseguindo conquistar o coração das pessoas. Mas a série não é só sobre ele. É sobre todos os personagens desse escritório.
Politicamente Incorreto ou uma baita crítica?

A série traz momentos tão politicamente incorretos e constrangedores de uma forma totalmente diferente. Se Michael faz uma piada machista, por exemplo, a série sempre vai mostrar a mulher nitidamente incomodada com a situação. Ao invés de apenas reforçar estereótipos, The Office mostra o lado constrangido pela piada de mau gosto, permitindo uma análise crítica das situações inconvenientes que os personagens passam e deixando explícito o quão ridícula a piada foi.
Ou seja: ao invés de mostrar a piada machista e rir dela, a série mostra o machista fazendo a piada e sendo visto como SEM NOÇÃO e besta pelas pessoas ao redor dele. E a gente ri da falta de noção enquanto os personagens vão aprendendo e evoluíndo.
Amizade, Romance e Personagens Peculiares

Além de histórias improváveis de amizade, The Office tem uma das histórias mais reais e LINDAS de romance. Pau a pau com Mônica e Chandler, juro!
Mas além de fazer várias críticas sociais, trazer muitas referências externas e lançar vários atores incríveis, The Office vai te fazer rir e chorar. Meu marido cansou de me ouvir rindo alto na sala por causa da série. E agora compartilho com vocês uma vitória: finalmente eu o convenci de assistir além da primeira temporada e ele está amando! Espero ter convencido você também com esse post.
Meu personagem preferido é o Dwight, interpretado por Rain Wilson. Ele é o mais metódico, literal, esquisito e apaixonado pelo trabalho. E o seu, qual é?
Achei teu site pq estava justamente procurando no Google “pq assistir the office”. Sério.
Assisti a primeira temporada MUITOS anos atrás e odiei, mas as pessoas falam tanto dessa série que resolvi dar mais uma chance, dessa vez começando pela britânica. Faltando dois episódios pra terminar tô com vontade de rachar minha cabeça pra tirar ela de dentro de tanto que odiei. Kkkkkkk
Vou tentar assistir até o fim da segunda temporada americana. Tentar pq tá difícil… Rs