O autoconhecimento nada mais é do que ter a CONSCIÊNCIA DE QUEM É VOCÊ, mas alcançá-lo pode não ser uma tarefa tão simples quanto sua definição.
O que te faz agir da forma que age? Quem você realmente é? Por que você pensa desta maneira? Autoconhecimento depende da REFLEXÃO CONTINUA SOBRE SI MESMO, até porque estamos em constante mudança e nos refazendo a cada dia, não é mesmo?
O primeiro passo é refletir sobre SUA HISTÓRIA, os fatos mais marcantes que aconteceram na sua vida, isso te fará entender o que seu passado diz sobre você e qual o sentido das suas escolhas. Para começar esse trabalho tente responder: Quem é você? De onde você veio? Pelo que você passou? O que te torna único?
Dias atrás falando com algumas amigas lembramos de um problema que vem desde a adolescência: não sabemos receber elogios! Se alguém te chama de linda, você diz “imagina, é a maquiagem”. Elogiam a sua roupa e você diz “ah paguei baratinho”. Por que dizer um simples “obrigada” e aceitar um elogio é tão difícil? Publiquei no meu Instagram esse questionamento e percebi que não estou sozinha nesse pensamento!
Mas afinal, por que não sabemos receber elogios?
Seria medo de parecermos arrogantes, ou por acharmos que não merecemos aquilo? Ou talvez, seria um pedido de reafirmação, para que a pessoa repita o elogio? Acredito que existam casos em que todas essas perguntas se encaixem, mas de forma geral, existe uma explicação psicológica para isso!
De onde vem esse comportamento? Conversei com a maravilhosa da psicóloga infantil do Rio de Janeiro, Hemily Marques, que será nossa nova inspiradora aqui no blog, e ela explicou um pouco sobre por que não conseguimos receber elogios naturalmente:
“A capacidade em receber elogios está diretamente relacionada com a autoestima e autoimagem que a pessoa possui. Quando as duas estão baixas existe uma dificuldade em se perceber a partir dos olhos do outro e, portanto, não se achar merecedora daquelas palavras.
O que acontece também é que em nossa sociedade, é inadequado ser “convencido“, e aceitar um elogio é concordar com seus pontos positivos. Já a humildade é uma característica bem valorizada, dessa forma contraria-se o que foi dito (como uma autodefesa) e se desvaloriza, reforçando a baixa autoestima.
Desde criança somos ensinados a dar mais ênfase aos erros do que aos acertos. Em jogos, por exemplo, quando a criança erra ela perde pontos, dessa forma ela está muito mais atenta em não errar do que em quais foram suas conquistas até o momento do jogo. Outro exemplo são os temidos boletins, você acha que os pais darão mais ênfase ao 9 em português ou ao 5 em matemática? Essa supervalorização dos erros em detrimento dos acertos, ou pequenas conquistas, geram uma dificuldade em reconhecer as próprias habilidades, e consequentemente constrói uma autoimagem desvalorizada.
Desta forma é importante que a autoestima e a autoimagem sejam trabalhadas em todos os momentos da vida, aprender a gostar de si mesma, saber reconhecer suas habilidades e se olhar de uma forma positiva, é torna-se uma pessoa de emocional fortalecido para conseguir se reconhecer positivamente sob o olhar do outro.”
Esse comportamento não afeta apenas nossa auto estima, mas também nossa vida profissional! Conversei com meu cunhado e diretor da Mariée for Business, especialista em gestão de empresas e empreendedorismo. Olha que explicação genial:
“Se considerarmos a inteligência emocional como base para tentar responder isso, ela vai nos trazer o peso do sistema de crenças. As crenças são “verdades” que aprendemos na infância através da educação recebida e que se tornarão partes da nossa vida adulta. Para ser mais específico, é muito comum, não que seja certo, as crianças serem a todo momento induzidas ao NÃO.
“Não faça isso!, Não pegue isso!, Estou te avisando…!, Não vou mais falar!”. Essas são expressões muito comuns de pais para seus filhos, que ao invés de conversar, orientar e gerar experiências usam de seu poder para impedir da criança fazer as coisas. Isso acarreta com o passar da infância na formação de uma das piores crenças que podemos ter, que é a Crença do não Merecimento.
Isso quer dizer que passamos a acreditar que não somos nós os protagonistas das nossas vidas e assim nos tornamos vítimas de tudo e de todos. Isso é inconsciente, porém quando adolescentes e adultos, se passamos por esse tipo de educação, nós tendemos a ter muito medo de assumir responsabilidades, de tomar decisões sozinhos e principalmente de aceitar tudo que vem do outro, porque fomos “educados” pelo não.
E quando somos educados pelo não, pelo proibitivo, pelo errado, teremos sempre grande dificuldade para aceitar o sim. Aceitar um elogio, aceitar um presente, aceitar um boa ação. Porque inconsciente achamos que logo teremos um não, então é melhor o não sair da gente mesmo do que vir do outro. Resultado, “não, imagina!”, “ai, não precisava!”, “ai, eu não mereço isso!”.
Meu, você merece sim. Você é linda, você é maravilhosa, você é foda no que faz, aceita que pessoas te admiram, aceita que você é referência, aceita, simplesmente aceita. Como mudar essa crença? Mude o mindset. Mude o modelo mental. Mude a forma de encarar as coisas e principalmente trabalhe todos os dias para se livrar dessa crença. Ahh… obviamente, nem seu pai nem sua mãe fizeram isso pensando em te prejudicar, eles simplesmente fizeram isso para o seu bem. Agora que você sabe no que acarreta, apenas faça diferente com os seus filhos.
Quer uma dica para ajudar nisso? Leia o livro Mindset: A Nova Psicologia do Sucesso, de Carol Dweck, ele é fantástico!”
Eu sempre pensei muito sobre isso e faz tempo que tento mudar esse comportamento. Precisamos saber nos valorizar e ser valorizadas, ter amor próprio e boa auto estima! Só amando a si próprio primeiro se descobre o amor de verdade. Não quer dizer que você tenha que sair por aí falando que é melhor do que ninguém, apenas aceitar e saber se admirar também!
A Hemily comentou comigo que somos construídos na infância e ter que desconstruir algo na vida adulta é muito mais difícil. O primeiro passo, claro, é tomar percepção do problema! Eu sugiro um desafio: aceitar todos os elogios que você receber a partir de agora com um lindo OBRIGADA! Quem topa?
O autoconhecimento é fundamental para entender quem você é, o que quer, para onde vai. Vivemos em um mundo onde não paramos para entendermos a nós mesmos e isso gera pessoas repletas de incompreensões e receios. Que autoconhecimento é importante, já sabemos. Agora, vamos falar sobre como passarmos a nos conhecer?
Somos retalhos, Costurados ponto a ponto, Somos uma soma imensurável de erros, acertos, medos, vitórias… Somos todos aqueles que passaram pela nossa vida e deixaram um pouco de si. Tenho certeza que levaram um pouco de nós também. Somo ciclos, somos mutáveis e instáveis. Estamos em constante movimento.
Eu nasci no dia 03/07/1989, ou seja, há 29 anos, dois meses e quatro dias, venho construindo a relação mais difícil e desafiadora de toda a minha existência, minha relação comigo mesma. Vou confessar é a relação mais instável que já tive até hoje! Se relacionar consigo mesmo implica em se conhecer, encarar a jornada do autoconhecimento (e gente, vamos lá, autoconhecimento não é fofo).
“The greatest challenge in life is discovering who you are, The second greatest is being happy with what you find.”
? Auliq Ice
1. Relembre
Primeiro que você irá reviver todas as situações chatas, desconfortáveis e dolorosas que já aconteceram na sua vida. Vamos fala a verdade: você já deve ter trancado todas elas em um baú e guardando bem no fundo de uma gaveta. Sim, mexer nisso não é fácil.
2. Entenda
Segundo, quando você não gostar de alguém, não vai poder falar simplesmente “meu santo não bateu com o dele”. Você vai entender o real motivo. Isso também não é legal, mas necessário. No fundo você vai acabar descobrindo que o motivo é só seu. Esse motivo diz respeito a sua constituição de sujeito, como você vê o mundo, os pilares que constituem a sua essência. A partir do momento que você entender isso, já era falar mal e culpar alguém. O exercício de olhar para si e se enxergar faz essas situações ficarem cada vez mais escassas (claro que tem as exceções sempre tem).
3. Empatia é a base
A jornada interna nos ajuda a desenvolver a empatia – que é diferente de simpatia, mas isso é assunto para outro post. A empatia nos ajuda a compreender o tanto de “EUS” que existem em nós e, posteriormente, nos outros.
Afinal, é a “SUA” maneira de ver a vida, o “SEU” jeito de encarar a situação a “SUA” opinião sobre determinado assunto ou situação, que tem a ver com as “SUAS” experiências “INDIVIDUAIS”. Portanto, tudo que você opina, acredita, debate e defende tem a ver com o “SEU EU INTERIOR”, com o jeito que “VOCÊ” vê o mundo. Sendo assim, cada ser humano tem uma experiência única e um jeito todo seu de ver, entender e aceitar o mundo.
Ninguém é certo ou errado, cada um vive a sua dimensão do mundo.
É muito importante você saber que: o autoconhecimento é continuo, afinal estamos em constante movimento, somos mutáveis, nunca somos os mesmos. Assim sendo, se conhecer é um exercício diário que só acaba quando nossa vida se findar.
Autoconhecimento é compreender os porquês. Por que eu vejo o mundo dessa forma? Por que eu sou assim? É compreender o seu todo, é se enxergar nu e cru, sem máscaras, é decifrar-se, traduzir-se.
Tá mas e agora como eu faço isso? Ajuda ai!
Seja bem vindo ao primeiro passo do autoconhecimento, descobrir qual a melhor forma de iniciar sua jornada interna é uma tarefa “SUA”. Acredite em mim, pode ser difícil a princípio, mas é uma jornada deliciosa.
Abaixo algumas dicas:
Terapia
Meditação
Tire um tempo para si, fique sozinha
Escreva
Vamos falar sobre cada um desses itens posteriormente. Bem-vindos ao autoconhecimento! É uma droga, você vai amar! haha <3
Foi com o intuito de incentivar o protagonismo de mulheres empreendedoras do setor da criatividade que a designer e ilustradora Jessica Walsh criou o Ladies Wine and a bit of design. A ideia é unir mulheres para beber uma boa taça de vinho e conversar sobre negócios, empoderar e inspirar umas com as outras. A primeira edição aconteceu em NY em 2016 e hoje o projeto já expandiu para mais de 130 cidades do mundo inteiro.
Gif por Lirón Ashkenazi e fotos por Nayra Costa
No mês de agosto aconteceu o primeiro Ladies Wine Design Londrina e eu tive a honra de ser convidada para apresentar meu case. Quem teve a ideia incrível de trazer o projeto pra cá e organizou essa noite linda foi a Nayara Costa. Ela é designer e idealizadora da NC – Underclothes, um ateliê de lingeries de luxo – e muito estilo. Quando ela me convidou e explicou como funcionava o projeto, não pensei duas vezes. Acredito que as mulheres precisam se unir e esse tipo de evento é uma oportunidade perfeita de fazer isso. Todas podemos agregar umas as outras!
Thaisa Dalmut (Mariée Weddings), Nayara Costa (NC – Underclothes) e Luana Soeiro (Maria com Chá)
Na primeira edição em Londrina foram mais de 25 mulheres maravilhosas de todas as idades e experiências de vida reunidas com um objetivo em comum: crescimento. Abordamos pontos como preconceito que mulheres sofrem no mercado de trabalho – sim, todas nós passamos por isso. Contei um pouco sobre minha trajetória na Mariée, monetização, redes sociais e a importância de nunca se acomodar, sempre buscar atualização e persistir.
Para regar esse bate papo com um bom vinho, a especialista @kelibergamo contou pra gente como anda o cenário da bebida na cidade e como as mulheres estão conquistando seu espaço no mercado.
Kelly Bergamo
Falando em vinho, a expert no assunto @stellamarianosommeliere levou muito @buenowines para nossas taças e tirou todas as dúvidas sobre vinhos. Ela nos apresentou o moderno Pinot Noir feito na Campanha Gaúcha. Um vinho elegante e complexo, extremamente gastronômico e que já está no nosso coração! Essa delícia de vinho, foi perfeito para a nossa noite; descontraído, prático e versátil.
No centro, Stella
Além dos vinhos, a noite foi regada a @bubblesontap, uma forma inovadora de beber espumante! O produto é maravilhoso, o serviço é primoroso e tem uma mulher forte e mega empreendedora por trás, Rafaela Xavier.
O encontro aconteceu no @edgestudiobr, localizado no centro histórico de Londrina. O estúdio contou com o olhar e mão na massa da arquiteta @fercescato pra deixar esse espaço super estiloso. As fotos foram feitas pela incrível @__nayracosta.
É muita mulher talentosa reunida! Aprendi muito com todas as mulheres incríveis que estavam lá e, no fim das contas, é tanta coisa que nem sei se consegui transmitir todos os insights que tinha planejado sobre meu trabalho. Mas conhecer e conversar com todas elas foi incrível e me agregou muito.
O evento será mensal e você pode acompanhar as novidades no instagram @ladieswinedesignlondrina. Não é daqui? Então bora levar pra sua cidade essa iniciativa também!
O Pole Dance é mais que um esporte ou uma dança: é uma forma de empoderar mulheres. A história da Pim Lopes é a prova disso e com certeza vai te inspirar!
A Thaisa, idealizadora desse blog, me pediu um texto sobre o Pole Dance, e logo me veio a questão: “Como colocar em palavras essa inundação de sentimentos sobre essa arte que, de um dia pro outro, se tornou o centro da minha vida, minhas escolhas, meu ser?”
Muito bem, Thaisa, pega na minha mão? Espero que nossa viagem seja boa.Cada dia, cada workshop, cada treino, cada conexão entre as alunas, e todo o tudo que o Pole Dance me proporcionou. Cada artista que conheci, cada emoção que pude dançar, cada nova geração de estudantes de Pole que eu tive o privilégio de ver nascer e se apaixonar (com aquele cheiro de orvalho que só as coisas novas e boas têm). Tudo em um, o Pole. Por todo meu dia, cada dia, de verdade, o Pole.
A CURA DO EU
Eu era artista plástica e bailarina, depois eu era designer também…. Era.Quando o Pole chegou na minha vida, veio pelo pior dos motivos: auto-estima lá no dedão do pé, insegurança em relação à minha beleza, minha sensualidade, minha força de mulher. A superação que o Pole me propunha era (e é) muito palpável, o fato de ver com clareza que um movimento não estava saindo em uma aula, e na aula seguinte (ou muitas aulas depois) ela saia, me mostrava de maneira didática que eu podia, eu era capaz de evoluir, se eu continuasse, apenas continuasse.
O simples fato de IR às aulas, dia após dia, já me garantia certas conquistas. No princípio não era necessária nenhuma dedicação, nenhum esforço extra, e isso me fazia tão bem.
Nessa fase eu pude compreender que evoluir é o caminho natural das coisas, se a gente se propõe a fazê-las com alguma disciplina.
A CURA DO NÓS
Depois dessa fase inicial, decidi me tornar professora, fiz as capacitações necessárias pra começar (e continuo a fazer mil outras mais, pois o conhecimento é um horizonte, a cada passo a frente, a linha do horizonte anda um passo a mais), e tive mais um susto-aprendizado com o Pole: as mulheres não são inimigas naturais. Mulheres são lindas, são carinhosas, amáveis, doces e fortes. Tem um senso de comunidade vigoroso, unidas pelo útero, um pulso latente de conforto (cuidando de cada amiga a sua volta). Mulheres são guerreiras e carregam uma enxurrada de preconceitos impostos pela sociedade, todas elas/nós!
Todas doemos, todas lutamos, todas podemos ser quem gostaríamos de ser. Aprendi que o Pole podia ajudar nisso.
Dando aula eu vi o amor nascer dentro do meu coração (como sou cliché! Çokohooo!), curei feridas muito doloridas em relação às mulheres (e como eu havia aprendido isso durante minha infância e adolescência), às disputas entre o meu gênero. Aprendi a amar outra mulher com o mesmo amor que o Pole havia me ensinado a me amar, aprendi a querer que minhas alunas evoluíssem tanto quanto queria isso pra mim. Ser professora me tornou menos minha, passei a olhar mais o outro, amar o outro, viver por nós.
A CONSTRUÇÃO DO CORAÇÃO FORA DO PEITO
Em 2017 eu e minha sócia decidimos abrir uma escola de Pole Dance. Tínhamos vivenciado o Pole um certo tempo e achávamos que conseguiríamos montar uma escola limpa e segura, com uma infra estrutura prática e aconchegante, porque afinal o nossos corações já tinham muitas alunas, precisávamos alocá-las em um lugar maior. Criamos a Pólen. Pólen Studio de Dança.Um grão de pólen, um sopro de vida, um mundo a florescer. Algo tão pequeno, (do grego “pales” = “farinha” ou “pó”), o conjunto dos minúsculos grãos produzidos pelas flores, elementos reprodutores que fecundam os óvulos, que posteriormente irão se transformar em sementes.
Fecundamos amor ao parir a Pólen. Mudamos vidas, incentivamos mulheres, crescemos juntas, formamos sementes de amor-próprio, força física e emocional. Formamos nossa colmeia. Nessa fase do Pole eu descobri o significado da palavra SENTIDO (de sentir, de direção a seguir, de propósito de vida).
HOJE
Hoje eu sou isso, vivo nesse caminho, para sentir e ver sentido.
Não tenho a vida social que queria ter, nem tantos amigos quanto ja tive. Não posso ir aos happy hours, pois dou aula nesse horário. Tenho que me alimentar bem, pois o corpo é meu instrumento de trabalho, além de muito perecível.
Faço renúncias o tempo todo para continuar vivendo essa existência tão maior, a de viver por algo além do eu.